Eterno Desespero
Não posso negar aparência
Se meu passado trouxera aflição
Guardadas feridas, minha essência
Em cinzas de sangue, decomposição
No auge de um dia de verão
O sol imerge fases falhas ao coração
O frio predomina meu corpo corrompido
Sem vestígios de sonhos, desilusão
Detalhes são marcas de uma certeza
O dia é vago num semblante sem beleza
A mentira se faz moradora e visitante
Deitada sobre o canto da minha fraqueza
Sem memórias em instigar mistérios
O tempo corre sem vestígios passados
Armado com lágrimas caídas, cemitério
Onde fora enterrado minha alegria, adultério
Traição à divindade fonte de luz
O clima dos sonhos prometem felicidade
Caído as sombras do dia, realidade
É o pesadelo real, refletindo identidade
De volta à infelicidade constante
A noite interior beija minha alma
Debruçada pela janela dos olhos, medo
Ao me ver sem luz, em eterno desespero...