Eterno Desespero

Não posso negar aparência

Se meu passado trouxera aflição

Guardadas feridas, minha essência

Em cinzas de sangue, decomposição

No auge de um dia de verão

O sol imerge fases falhas ao coração

O frio predomina meu corpo corrompido

Sem vestígios de sonhos, desilusão

Detalhes são marcas de uma certeza

O dia é vago num semblante sem beleza

A mentira se faz moradora e visitante

Deitada sobre o canto da minha fraqueza

Sem memórias em instigar mistérios

O tempo corre sem vestígios passados

Armado com lágrimas caídas, cemitério

Onde fora enterrado minha alegria, adultério

Traição à divindade fonte de luz

O clima dos sonhos prometem felicidade

Caído as sombras do dia, realidade

É o pesadelo real, refletindo identidade

De volta à infelicidade constante

A noite interior beija minha alma

Debruçada pela janela dos olhos, medo

Ao me ver sem luz, em eterno desespero...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 08/08/2014
Reeditado em 08/08/2014
Código do texto: T4914339
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.