A lâmina do punhal
A lâmina do punhal desliza sobre minha carne,
O sangue escorre como o orvalho na relva,
A dor percorre todo meu corpo pecador,
E meu espírito estremece inconstantemente.
No chão se forma um lago de sangue,
Meu sangue, puro como meu amor,
Minha face é refletida de forma tão plasma,
Atráves de sua vermelha translucidez.
Aos poucos meus sentido se perdem,
E tudo ao meu redor vazio se torna,
A escuridão toma conta de tudo,
E a vejo, toda de branco, a morte.
Me apaixonei por aquela linda mulher,
Nossos corpos se estendem sobre o lençol rubro,
E então nós nos amamos morbidamente,
A morte me amou como nunca amei.