T R I S T E Z A
Tem dias que a tristeza
vem dissimulada...
Pega carona na brisa suave,
Chega de mansinho...
Se encontrar uma fresta,
transforma-se...
Vira furação,
Arrebenta fechaduras
Escancara todas as portas...
A alma se vê nua
Com vontade de chorar,
Desamparada,
Solitária a soluçar...
A calma chega.
Os soluços diminuem,
Olhos inchados,
Cansados.
O sono corre pra ajudar,
Mas sinto frio,
Quisera um cobertor
pra aquecer minh´alma;
Vou procurar no sonho.
Amanhã será outro dia,
prometo não chorar...
(Izabel Dias)