Hoje a palavra é descartável.
Joguei fora a semântica,
destroçei a sintaxe,
abdiquei métrica
e da rima.
Expulsei a metáfora.
Hoje a palavra é descartável.
É uma embalagem tola.
Um embuste fonético vociferado por feras.
Hoje reina absoluto o silêncio.
O olhar posado no alpendre.
O semblante enigmático.
Contemplativo e passivo.
A desconfiança íntima de estar tudo errado.
De haver um segredo soturno em tudo.
Principalmente nesse momento.
Não há o que dizer.
Não o que fazer.
Só há sofrimento e dor.
Só há desesperança.
Saídas lacradas
em emergência contínua.
Hoje a palavra é descartável.
O sentimento fica sozinho num
canto qualquer da cabeça
a latejar feito enxaqueca.
E sem bússola
navega perdido no
triângulo das Bermudas.
Até sumir e deixar
vestígios poéticos
impunes.
Joguei fora a semântica,
destroçei a sintaxe,
abdiquei métrica
e da rima.
Expulsei a metáfora.
Hoje a palavra é descartável.
É uma embalagem tola.
Um embuste fonético vociferado por feras.
Hoje reina absoluto o silêncio.
O olhar posado no alpendre.
O semblante enigmático.
Contemplativo e passivo.
A desconfiança íntima de estar tudo errado.
De haver um segredo soturno em tudo.
Principalmente nesse momento.
Não há o que dizer.
Não o que fazer.
Só há sofrimento e dor.
Só há desesperança.
Saídas lacradas
em emergência contínua.
Hoje a palavra é descartável.
O sentimento fica sozinho num
canto qualquer da cabeça
a latejar feito enxaqueca.
E sem bússola
navega perdido no
triângulo das Bermudas.
Até sumir e deixar
vestígios poéticos
impunes.