Um Soneto

No quarto, na penumbra,

Teu rosto se me afigura

Como um eco derradeiro

De um remoto e perdido passado.

Há trevas em tudo o que vejo

E no meu peito, um chamado.

Ao longe, ouve-se um choro.

Sou eu quem pranteio?

Persigo os fantasmas dos meus sonhos,

Mortos ou apenas adormecidos?

Não há o que me traga vida

Na entendiante e mórbida rotina,

Somente tua lembrança

É o que me traz alguma alegria.

Jó C de Andrade
Enviado por Jó C de Andrade em 20/02/2014
Código do texto: T4699613
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