A última dose
Abandonaste minha criação, imagem;
passes de mágica, em pedra se vê,
um selvagem pobre endurecido.
Enterre-me na areia, merecidamente
Após todos esses anos ainda sou o mesmo,
um triste e amargo homem.
Vivo na poeira e o calor do nordeste
Minhas esperanças caem em ódio desprezível
Então me diga e repita comigo, é uma miragem
A luz que você transcendeu,
desaparece na estrada em que viajamos juntos,
na busca do ouro mais contemplado por nós
No ultimo gole de rum,
já se estende o pano preto,
coberto de rosas e uma pitada de terra...
Na última bituca de cigarro,
transcendem as cinzas e a fumaça da cremação
Um adeus no ar
Nada para oferecer, nada a dizer,
então digas que é um sonho, uma miragem.
Então digas que estou bem