Tênues fios de luz
Quando o ódio diz que ama,
E o amor cincerro odeia,
É a razão inventando moda.
Tênues fios de luz se entrelaçam;
Ultrapassam os limites
Dos sentimentos insanos,
Buscando a verdade em suas dores;
Os donos do peito gemem
Enquanto o pensamento desafia:
- Dorme! Dorme! Tu és o homem!
O que é teu o bicho não come!
Porém, os olhos acordados,
Insistem em procurar a luz.
Esbarram na cruz e desabam
Em lágrimas inexplicáveis.
Águas passadas retornam;
O cheiro esquisito da flor do medo
Invade o jardim do silêncio.
Um paraíso humano acinzentado,
Acidentado, sedento, sedentário;
Não mais caminha rumo à verdade,
Jaz inerte, esperando o sono.