Da-me de Beber

O povo em massa
Dia após dia a igreja corria
Para pedir aos santos em orações
Que traga de volta a chuva
Que fugiu do sertão.

Terra seca, pedra sobre pedra…

Vê-se o tremular do calor na terra

Como se fosse ressurreição,

Fogo apagado solo maltratado

Ressaca de cinzas, triste deserto,

7 Anos sem chuva,

Natureza ausente e o homem a procriar,

Juventudes recentes a espera de lavrar

Exclamam em suas mentes, como será?

Os mais velhos choram suas reservas

Os mais novos não têm lágrimas para acompanhar…

O sol amarela o quadro, triste retrato

Sem ter com quem acasalar.

Pedaço de mundo, sub mundo

Terra desprezada sem valor comercial,

Experiência cientifica mau sucedida

Manipulada herança laboratorial…

Estrada esquecida, impedido trafegar!

A longevidade é a esperança

A chuva, compensação das orações.