HUMANA
Minha dor, será que não sente?
Não sente a lágrima derramada,
Da alma saudosa e amargurada,
Pelos sonhos roubados de repente.
A sombra dançando serpente,
Chegou queda na madrugada,
Estacionou na face desavisada,
E a noite se fez em mim eternamente.
Despertei em um mundo distante,
De chuva fina e bruma abundante,
Sobre minha alma rachada de porcelana.
Minha dor é por ser esquecida,
Pelas ações da minha própria vida,
E por a morte,não me deixar menos humana.