HUMANA

Minha dor, será que não sente?

Não sente a lágrima derramada,

Da alma saudosa e amargurada,

Pelos sonhos roubados de repente.

A sombra dançando serpente,

Chegou queda na madrugada,

Estacionou na face desavisada,

E a noite se fez em mim eternamente.

Despertei em um mundo distante,

De chuva fina e bruma abundante,

Sobre minha alma rachada de porcelana.

Minha dor é por ser esquecida,

Pelas ações da minha própria vida,

E por a morte,não me deixar menos humana.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 27/07/2013
Reeditado em 01/08/2013
Código do texto: T4407376
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