O ADEUS

Estou sozinha, angustiada, mascaro o sentimento que me corrompe.

Uma dor súbita explode em meu peito: a dor da solidão,

Do vazio do mundo e da vida.

Que fazer se não querem mais meu amor? Sufocá-lo em lágrimas?

Viver? Que difícil palavra!

Talvez apenas passar.

Quem sou eu? Que espero e quero? Será que atinjo meu caminho?

Pensei ter achado um, mas a estrada deu no precipício.

A volta ou a queda? Sinto o ar denso penetrar no abismo do meu ser.

Não tenho mais lágrimas. Guardo o sofrimento da dor, da perda,

Da ausência.

Hesito, suspiro, avanço, recuo. As ondas vem e vão,

E com elas o meu pensamento.

Voo com as aves para o infinito onde não tem mais nada.

O medo se foi, a angústia ronda. Ferida, magoada, só me vou.

Com amor e fé no coração - para onde meus caminhos

Levarem os pés duvidosos.

Tardios são os sorrisos, tristes os olhos, cansados de esperar

Por um futuro engano, por um adeus tão breve e seco

O adeus do amor.

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 15/04/2013
Reeditado em 15/04/2013
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