O ADEUS
Estou sozinha, angustiada, mascaro o sentimento que me corrompe.
Uma dor súbita explode em meu peito: a dor da solidão,
Do vazio do mundo e da vida.
Que fazer se não querem mais meu amor? Sufocá-lo em lágrimas?
Viver? Que difícil palavra!
Talvez apenas passar.
Quem sou eu? Que espero e quero? Será que atinjo meu caminho?
Pensei ter achado um, mas a estrada deu no precipício.
A volta ou a queda? Sinto o ar denso penetrar no abismo do meu ser.
Não tenho mais lágrimas. Guardo o sofrimento da dor, da perda,
Da ausência.
Hesito, suspiro, avanço, recuo. As ondas vem e vão,
E com elas o meu pensamento.
Voo com as aves para o infinito onde não tem mais nada.
O medo se foi, a angústia ronda. Ferida, magoada, só me vou.
Com amor e fé no coração - para onde meus caminhos
Levarem os pés duvidosos.
Tardios são os sorrisos, tristes os olhos, cansados de esperar
Por um futuro engano, por um adeus tão breve e seco
O adeus do amor.