Uma folha nua...
Imagem da Web
Sobre a mesa, ela.
A fitar-me, silente e instigante.
Sobre mim, a pesar, antigo tormento.
Assim permanecemos, frente a frente,
A nos dizer, nada.
A sentir, tudo.
O desconforto da mudez,
A rigidez do pensar,
A profundeza do vazio,
O torpor do sofrer e,
O pulsar da dúvida, onde foi?
Onde foi que nos perdemos?
Tu te afastes de mim,
As palavras... o mesmo fim.
Mas, ela, aquela dita folha,
Já quase amarela,
Continuava ali, diante dos meus olhos,
Afrontando-me com sua nudez,
E eu, incapaz de um único verso,
Na aridez de um deserto poético,
Absorta... infeliz.
Ah, por que insistes olhar-me
Com este ar inquiridor,
Acaso debochas da minha dor,
E te pões a agredir-me
Com este silêncio provocador?
Percebes que não calo por opção,
Que a languidez de teu corpo,
A oferecer-te sem pudor,
Deixa-me embasbacada,
Sem jeito, sem verbo, sem ação...
Oh cruel dissabor!
Tenho papel, tenho tinta... falta-me apenas inspiração!
Creio perderam-se as palavras nos caminhos do desamor...
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Sobre a mesa, ela.
A fitar-me, silente e instigante.
Sobre mim, a pesar, antigo tormento.
Assim permanecemos, frente a frente,
A nos dizer, nada.
A sentir, tudo.
O desconforto da mudez,
A rigidez do pensar,
A profundeza do vazio,
O torpor do sofrer e,
O pulsar da dúvida, onde foi?
Onde foi que nos perdemos?
Tu te afastes de mim,
As palavras... o mesmo fim.
Mas, ela, aquela dita folha,
Já quase amarela,
Continuava ali, diante dos meus olhos,
Afrontando-me com sua nudez,
E eu, incapaz de um único verso,
Na aridez de um deserto poético,
Absorta... infeliz.
Ah, por que insistes olhar-me
Com este ar inquiridor,
Acaso debochas da minha dor,
E te pões a agredir-me
Com este silêncio provocador?
Percebes que não calo por opção,
Que a languidez de teu corpo,
A oferecer-te sem pudor,
Deixa-me embasbacada,
Sem jeito, sem verbo, sem ação...
Oh cruel dissabor!
Tenho papel, tenho tinta... falta-me apenas inspiração!
Creio perderam-se as palavras nos caminhos do desamor...