Frieza de barro
Quando a pedra era barro
Tinha uma árvore no peito.
Agora foi removida, moída;
Está no coração dos edifícios.
Tem um brilho sinistro,
Olhar vitrificado,
Medo de pobre, de gente estranha;
Tem guardas nos portais,
Tocas para cavalos de lata;
Nem parece aquela antiga terra
Amiga dos andarilhos
E dos heróis picarescos;
Agora é como gente rica;
Não gosta de nada preto.
Ridica tudo o que há,
Depois cai em terremotos
Com as coisas ridicadas e tudo;
Reveladas em suntuosos velórios.
Até os seus choros são pagos
Por falta de sentimento.