Maldição de Poeta

Que tenho eu contigo

Humanidade?

Natureza, humana...

Porque não me fizeste

Como todos?

Agora não gosto de música

Sertaneja, Big Brother, novelas;

Leio bons autores,

Não traio meus amigos,

Escolho o que canto,

Toco violão com carinho de pai,

Escrevo com a alma e,

Às vezes, até nas paredes dela,

Cravo a navalha da poesia.

Tiro do meu espírito a força

Que emprego na minha arte,

E ele sangra...

Desejo apenas a arte e o pão;

Quero tão pouco;

Estou empenhado em dar

A vida por isso,

E às vezes nem isso eu tenho.

Nem a arte, que parece

Ser o pão dos malditos.

Mesmo o santo pão de cada dia

Às vezes fica quase a minguar.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 03/03/2013
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