As diversas faces da minha dor
A minha dor
É sem esteio e sem preceito
Pulsa tão pungente
Que já não sente-se
Mas subentende-se
É a dor da verdade
É a dor de todos os poetas
É a dor do desconte
Do desajustado
Do acabrunhado
É a dor do amante
Do pensante
E do delirante...
É a dor do outro
É a dor dos sensatos
E também dos loucos
Num mundo hostil
É a dor dos fracos.