Assassinato
Arde meu peito a toda hora...
Dissipa meu corpo aos poucos
Congela o pranto que apavora
Naquele quadro o teu rosto!
Fere o sentimento e o mundo
Que me faz preso e solto,
Por recordar mais profundo
Detalhes de teu rosto!
Não tenho mágoas perversas
De teus delírios imundos...
Tenho lembranças inquietas
Transmitidas de teu retrato...
Em mim, ainda a dura saudade
E as lágrimas do assassinato!