Melancolia que finca.
Melancolia que finca.
Melancolia profunda, gótica, incestuosa farpa!
Gotejante debruçada sobre a rosa. Tempestade,
Em quais as noturnas fontes tu te engendraste?
As águas tornadas lágrimas, a força que a criou.
Sofridas lamurias, mágoas. Tormentos,
Malignos e fúteis, acasos. Momentos,
Despetala, de pétala em pétala a flor, a vida!
Àquela que era a face, um sorriso. A imagem querida,
Hoje abriu em ferida, fumou-se, fendeu-se.
Tragadas na dor e engano de um amor maculado
Desluzido das verdades, que o fazia tão dourado,
N’um vento mais forte quedou, desvelada,
Um sopro de esperança... Dos lábios, logo que se abriu,
Morria, para sempre no esse do adeus que o seguiu.