O ÚLTIMO VERSO SEM RIMA
MORTE!
Eu queria que me desses um motivo para viver
Apenas um que fizesse fazer sentido
Enquanto as minhas lágrimas caem sobre o papel
Percebo o quanto a inveja mata!
Sei que nada é tão dolorido
Quanto ver-me ali, estendida sob o tapete da verdade
Acordada, enquanto todos dormem
Seus sonos conscientes
Meu corpo dói e a alma adormece
Cada lágrima de dor aproxima-se de ti, amada morte!
Já não fujo, arquiteto cada passo que me leva ao teu encontro
Ouço os gritos e gestos de solidão
Ninguém entende porque chegas!
Mas eu sei como andas comigo lado a lado!
Também sei o quanto mato-te todos os dias.
Adeus, o mundo te chama
Vais agora ao encontro dos que te abraçam de manhã ou a noite quiçá
Eu, estou aqui a te espreitar
Sabendo que o suplício só começa quando tu chegas
Adeus amiga, ou, até um dia!