PÁLIDA E NEGRA
Tão pálida, como a opaca geada,
Tão negra,como a fenda profunda,
Tem uma mudez oriunda,
Causada pela morte herdada.
Para sempre estará vendada,
Sem a visão que a choro inunda,
Com uma solidão que circunda,
Todo milímetro da criatura desalmada.
Por onde anda,por qual senda,
Andará para que a luz se acenda,
E brote sublime da árdua mortalha,
Se é a flor morta, murcha,
Arrastada pela sombra que puxa,
E some na névoa se espalha.