PÁLIDA E NEGRA

Tão pálida, como a opaca geada,

Tão negra,como a fenda profunda,

Tem uma mudez oriunda,

Causada pela morte herdada.

Para sempre estará vendada,

Sem a visão que a choro inunda,

Com uma solidão que circunda,

Todo milímetro da criatura desalmada.

Por onde anda,por qual senda,

Andará para que a luz se acenda,

E brote sublime da árdua mortalha,

Se é a flor morta, murcha,

Arrastada pela sombra que puxa,

E some na névoa se espalha.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 03/01/2013
Reeditado em 16/02/2014
Código do texto: T4066084
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