Sinistro Passeio!
I
Estava deambulante pela vida...
C'o meu coração em pedaços,
Quando, de repente, deparei-me,
C'm um pulcro e fumarento traço!
II
Era a tua face, esquálida, refletida...
Num portal sinistro dum cemitério,
Repousada, a olhar-me, sem vida...
Eu que um dia... fui a tua guarida!
III
Foram tanto anos peregrinando...
Exumadas ilações que balançaram,
Nas cordas deste coração silenciando,
Por não mais viver os sonhos que evolaram!
IV
Nosso amor foi transladado sob escárnio,
Destarte, a nossa história; ficou inacabada...
Nos cinéreos que a apascenta c'mo refúgio,
Assim, vou vivendo por viver - amargurado!
V
Aos poucos nos ecos da misantropia...
Ao repousar sofrível nesta tétrica solidão,
Qu' me persegue sem dó e sem perdão,
Toada dorível nesta retumbante elegia!
VI
Do meu indizível e irrealizável sonho...
Quando partiste desta orbe sem fazer alarde.
Distante agora, talvez, não mais recorde,
Daquele pulcro amor... que jaz em outro plano!
I
Estava deambulante pela vida...
C'o meu coração em pedaços,
Quando, de repente, deparei-me,
C'm um pulcro e fumarento traço!
II
Era a tua face, esquálida, refletida...
Num portal sinistro dum cemitério,
Repousada, a olhar-me, sem vida...
Eu que um dia... fui a tua guarida!
III
Foram tanto anos peregrinando...
Exumadas ilações que balançaram,
Nas cordas deste coração silenciando,
Por não mais viver os sonhos que evolaram!
IV
Nosso amor foi transladado sob escárnio,
Destarte, a nossa história; ficou inacabada...
Nos cinéreos que a apascenta c'mo refúgio,
Assim, vou vivendo por viver - amargurado!
V
Aos poucos nos ecos da misantropia...
Ao repousar sofrível nesta tétrica solidão,
Qu' me persegue sem dó e sem perdão,
Toada dorível nesta retumbante elegia!
VI
Do meu indizível e irrealizável sonho...
Quando partiste desta orbe sem fazer alarde.
Distante agora, talvez, não mais recorde,
Daquele pulcro amor... que jaz em outro plano!