"No melhor esconderijo..." Na maior desilusão.

O esconderijo já não é suficiente pra tudo que eu guardo

As cartas forma postas na mesa, mas meu jogo continua nas mangas

Um retrato apagado com o tempo continua a aparecer

E eu forço a entrada no espelho

Pra remoer, pra entender e sobreviver

Há algo escondido entre cavernas e depressões

Estalagmites de medo e de orações

Restos mortais de sentimentos antigos

Saudades remotas do tempo em que fui cria do mar

Eu queria sobrevida em meio a 5 eternidades

A granada eterna que explode a qualquer momento

Reduz a pó sonhos e esperanças em estruturas antigas

Me destrói em meu processo de tortura

Como quem faz justiça com as próprias mãos

Como quem escapa de uma caverna de ilusão

Mas não se importa com os feridos

O amor reside onde não há destino

O amor reside em meio ao desatino

Não quero reaver tudo que já foi perdido

O caminho é tortuoso e íngreme, o olhar sofrido

Um reflexo mais real que minha existência

Desapego justo e sem procedência

Que como um velho amigo, insiste em me visitar.

Ainda me importo, mas não queria relevar

Tudo gira, prefiro caos, a tudo no lugar

Quero subterfúgio, escapismo, abaixar de armas

Quero seguir viagem, no olho do meu furacão

Sem o peso de um ontem...

Sem a necessidade de te visitar a noite...

Com a força... De fazer a curva.