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COMO SEMPRE...
 

Nada sei, e nada acerto...

Sou imaturo, e sou incerto

Como sempre, simples aldeão

Não te interessa minha opinião...

Ah,eu nada conheço,sou o avesso,

Meu modo de ver é sempre inverso,

Não rima com seu perfeito verso,

Mais um ferreiro de feldo eu sou

Para ferrar cavalos e assoprar o fole

Aquecendo a lâmina, malhada quente

Pois quem sou eu, nada de inteligente...

Sirvo sim para os serviços banais

Neste burgo, de senhores poderosos

Onde quem manda são os mestres Feudais...

Mas sigo a vida, na minha lida, para a prole viver

Nada sei, e também sei nada acerto,

Sou vezes um verdugo, ou sou matuto

Sou imaturo, bronco e sou incerto

Sujeito tinhoso, malicioso e nada esperto

Engano-me em minhas falas, não sei que falo

E de quem falo, não se deve falar,

Sou só malícia, fico na liça, na paliçada,

Mas te amo demais minha amada,

E sei que  um dia minha ausência será sentida

E pelas  nossas montanhas será chorada,

Até que um dia no futuro te reencontre,

E estas mágoa serão no total apagadas

E nosso idílico e eterno amar,de novo

Se estenderá pelas pradarias e madrugadas
 

Dely Thadeu Damaceno