NO MARTÍRIO DA GAIOLA

NO MARTÍRIO DA GAIOLA

Não canta mais o curió

No cocho o alpiste está intacto

A menina suspira e chora de dó

Naquele espaço imundo e purulento

A ave não mais carece de trato

Morreu... agora é livre como o vento

Cantava trinado como corda de viola

Repicava suaves notas cristalinas

Sim! Mesmo no martírio da gaiola

Assim voou para a liberdade

A vida lhe foi vil e traquina

Deixou tristeza e saudade

(novembro/1987)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 25/10/2012
Código do texto: T3951149
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