ADEUS

COMO EU NA MINHA INSIGNIFICÂNCIA,

POSSUÍDO DE TANTAS AMARGURAS,

NÃO CHORARIA AO VER MINHA AMADA

ENTRELAÇADA EM OUTROS BRAÇOS,

ALIMENTANDO ASSIM MINHA TORTURA?

COMO EU NA MINHA INEXISTÊNCIA,

FAZENDO DA MORTE UM DESEJO,

NÃO CHORARIA AO VER MINHA AMADA

RESPLANDECENDO DE AMOR,

ENVOLVIDA EM OUTROS BEIJOS?

COMO EU NA MINHA SOLIDÃO,

TRESCALANDO TRISTEZA MORTAL,

NÃO CHORARIA AO VER MINHA AMADA

ACARICIADA POR OUTROS DEDOS,

IRRADIANDO SEU AMOR IDEAL?

COMO EU NA MINHA PEQUENEZ,

E NA EMBRIAGUES DE NÃO TÊ-LA PERTO,

NÃO CHORARIA AO VER MINHA AMADA

ENLEVADA NA MAIS BELA MELODIA,

IMORTALIZADA POR OUTROS VERSOS?

COMO EU NA MINHA INVALIDEZ,

FAZENDO DA VIDA FUGAZ,

NÃO CHORARIA AO VER MINHA AMADA

DECLAMANDO AMOR PARA OUTRO,

AMOR QUE FOI MEU E JÁ NÃO É MAIS?

COMO EU NA MINHA INSANIDADE,

SEI QUE NÃO MAIS SEREI FORTE,

NÃO CHORAREI MAIS POR TI MINHA AMADA

AO VÊ-LA EM FELICIDADE,

POIS FAÇO DE MIM A PRÓPRIA MORTE.

AbelNunes
Enviado por AbelNunes em 10/08/2012
Código do texto: T3823510
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