Eu, prisioneiro meu
Me fizeste teu prisioneiro
Mesmo em liberdade
Tu me aprisionaste do lado de fora de teu coração
Tu não sentes, mas ainda seguro tua mão
Tu não sabes, mas ainda te espero em minha solidão
Tu não percebeste, mas meus braços ainda te envolvem na canção
E minha boca, ainda molhada, te chama e reclama tua ausência
E de certo, não ouves e nem queres...
Meus olhos ainda te procuram em cada olhar
Em cada gesto...
Mas, de certo, me esquecera
E se perdera de mim
Porquê não me avisaste do fim?
Porquê partiste se deixando em mim?
Fizeste de meu corpo tua morada
E se hoje sigo com minhas portas fechadas
É por medo de amar e de me tornar, novamente,
Uma casa abandonada