Eu, prisioneiro meu

Me fizeste teu prisioneiro

Mesmo em liberdade

Tu me aprisionaste do lado de fora de teu coração

Tu não sentes, mas ainda seguro tua mão

Tu não sabes, mas ainda te espero em minha solidão

Tu não percebeste, mas meus braços ainda te envolvem na canção

E minha boca, ainda molhada, te chama e reclama tua ausência

E de certo, não ouves e nem queres...

Meus olhos ainda te procuram em cada olhar

Em cada gesto...

Mas, de certo, me esquecera

E se perdera de mim

Porquê não me avisaste do fim?

Porquê partiste se deixando em mim?

Fizeste de meu corpo tua morada

E se hoje sigo com minhas portas fechadas

É por medo de amar e de me tornar, novamente,

Uma casa abandonada

O Palhaço e o Poeta
Enviado por O Palhaço e o Poeta em 04/08/2012
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