NÃO SEI...
Talvez por um desejo indomável
Talvez por experimentar algo novo
Ou pelas circunstâncias auspiciosas
O que sei é que realmente já não sei
Talvez pela catarse de tua contemplação
Ou pelos fragmentos e de teu íntimo
Soçobraram alguns pequenos vestígios
Alçada pela bússola de tua introspecção
Esse desejo intenso denso e profundo
O que sei é que esse flerte me incomoda
Também sei que está alhures de meu querer
E essa liberdade está no veio de tua existência
Que permeia tuas individuais perspectivas
Cabendo-me apenas aceitar o que já é fato
Não sei de tuas digitais madrugadas
Tampouco do que lhe causa encantamento
O que lhe deixa excitadamente notívaga
Sou apenas um ignoto ser querendo teu ser
Mas assumo minha posição de espectador
E daqui nada posso fazer ou contestar
Sou apenas um pernóstico apaixonado
E pela imensidão de teu mundo vagueio
Sem saber ao certo aonde devo aportar
Ou mesmo se devo ou não aportar
Perdido nesse labirinto de dúvidas
Solto no espaço de minhas divagações
Onde a única certeza é o amar-te
Além dos limites de mim mesmo
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