Último ato...
Tecendo tão hostilmente algumas idéias.
- um último parecer.
As agulhas quase já não suportam o peso dos fios.
Já não são tão novos, nem tão livres!
Desatando os nós pacientemente.
Passo a passo do recomeço
- do velho hábito.
A cesta está transbordando novelos.
Comportadamente eles se confundem.
- entrelaçando uma bela desarmonia.
a derradeira tentativa.
A cadeira já geme sua expêriencia.
Suportando sempre essa triste mesmice.
- Tão cansada...
Passos lentos
- o término
As paredes frias, observam duramente.
Todas em uma ausência lisa
e absoluta de sentidos.
A hora, subitamente chega...
Os olhos se fecham
as linhas morrem
os novelos param;
a cadeira apodrece.
Eis o fim do último ato.