PALAVRAS AMARGAS.

-E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz.

-E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam:

-Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se.

-Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e crê-lo-emos.

-“Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.”

PALAVRAS AMARGAS.

Palavras!
Amargas foram aquelas,
Ditas sem nenhum remorso
Zombarias sem pudor,
Foi como dardos inflamados,
Rasgando o já destroçado,
Coração de um salvador.

Palavras!
Que feriram inda mais,
Sem nenhuma piedade,
Um coração já dilacerado,
Quando o que mais precisava,
Nas horas que se aproximava,
Era ser simplesmente respeitado.

Palavras!
Duras palavras proferidas,
O só aumentava-lhe a dor,
Fazendo-lhe o coração sangrar,
Aquele humilde carpinteiro,
Que esteve o tempo inteiro,
Buscando a todos salvar.

Palavras!
Proferidas sem piedade,
Desce da cruz se é o Cristo!
Via-se a multidão a gritar,
Uma turba de enfurecidos,
Pelos demônios impelidos,
Feriam-no ao agonizar.

Palavras!
Gritavam a escarnecer,
Por uma multidão enfurecida,
Demônios de humanos disfarçados,
Massacrando um criador,
Que a tantos consolou,
Deixando-se ser humilhado.

Cosme B Araujo.
06/05/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 06/05/2012
Reeditado em 06/05/2012
Código do texto: T3652761
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