Efêmero sen ti do (i).

Não direi que passou. Não passa!

E por mais relativista que eu seja,

e o sou.

Não consigo racionalizar

o absolutismo

desse sentido

que impõe-se

ao meu espírito.

Eu grito que nada é pra sempre,

que não há sentimento perene,

que o eterno, em se falando disso,

é apenas um disfarce do efêmero

que não resiste ante a curvatura do tempo

e da falta em riste, emergindo do peito

rumo ao cérebro imerso em lembranças

do que poderia ter sido,

se não tivesse se convertido

em frustação

e esforço perdido.

Sentido? Sigo sem ter tido. E sem ti... dói.