estou à deriva num espaço fechado
vivo numa casa grande e moderna
cercado por vidraças e jardins...
sinto-me em meio ao luxo, um lixo;
um ser desvirtuado e desgraçado
um viajor sem velas e sem norte...
c'o cortes profundo n'alma..
numa tristura e revolta infinda:
por ser sincera, amiga, e piedosa;
neste mundo vil de cobras criadas
em casa luxuosa e arejada...
pelo cinismo e egoísmo mordaz,
dum ser pertinaz... que insiste conviver
c’mo este ser... desazado... que só,
somente...insiste... viver...
sem confrontos ou guerras,
c'mo naufrago em sortilégios...
sob tempestades em copo d'água
livres das procelas e querelas...
insignes - mazelas - subumanas!