Tudo tão sem jeito
Um dia de sol,
mas sem calor.
Uma noite de lua,
mas sem beleza.
Tudo tão sem jeito,
tudo tão sem jeito,
pois só a tristeza
mora agora no peito.
Fumaças das cartas,
destroços das grinaldas,
em meio a uma canção fúnebre
para ninar um desespero.
Uma procissão de promessas,
de juras não cumpridas,
em meio à cantiga triste,
que aumenta o tormento.
Ainda há o seu olhar.
O nosso olhar.
Uma partida,
mas amanhã será um novo dia,
para você e para mim.
Um dia de sol,
mas sem calor.
Uma noite de lua,
mas sem beleza.
Tudo tão sem jeito,
tudo tão sem jeito,
pois só a tristeza
mora agora no peito.