PENSANDO EM VOCÊ
Altas horas, sombras, ventos sussurrantes,
Cães anônimos perambulam arfantes,
Pelas ruas misteriosas, despidas.
Estrelas costuram atmosferas,
Brincam de esconder com as nuvens meras,
No êxtase da imensidade anoitecida.
E eu na janela, estranho, sonâmbulo,
Vendo a solidão por todos os ângulos,
Sentindo uma saudade descabida.
E eu desintegrando com o silêncio,
Divagando, pensando em você, propenso,
A agredir os limites da alma ainda lúcida.
Sem fase, sem base, sem agora,
Tentando dar passagem, antecipar a aurora,
Me libertar, retomar o sentido, o ritmo da vida.
Mas, a dor canalha zumbe, penetra além das retinas,
E não adianta contar carneirinhos, fechar a janela, a cortina,
O sono não vem, o dia não vem, você não vem, não há saída.
- - - - - - - - - - - -
SOLIDÃO
Nesta arfante dor que sinto,
a saudade é cruciante,
qual um fantasma indistinto
me acompanha, me persegue,
insiste que eu a carregue...
tem toques alucinantes.
Da janela busco estrelas,
que me iluminem as retinas,
que cegas se fecham pra vê-las,
escondidas na neblina.
Sem agora, sem depois,
não sei de mim, de nós dois,
parece me desintegro
nesta angústia que não nego,
sem enxergar o amanhã.
Estrela de Aldebarã,
me protege, sê meu guia
nesta longa noite fria
onde a tristeza é o tema.
Só a insônia é companhia,
para compor meu poema.
(HLuna)
Altas horas, sombras, ventos sussurrantes,
Cães anônimos perambulam arfantes,
Pelas ruas misteriosas, despidas.
Estrelas costuram atmosferas,
Brincam de esconder com as nuvens meras,
No êxtase da imensidade anoitecida.
E eu na janela, estranho, sonâmbulo,
Vendo a solidão por todos os ângulos,
Sentindo uma saudade descabida.
E eu desintegrando com o silêncio,
Divagando, pensando em você, propenso,
A agredir os limites da alma ainda lúcida.
Sem fase, sem base, sem agora,
Tentando dar passagem, antecipar a aurora,
Me libertar, retomar o sentido, o ritmo da vida.
Mas, a dor canalha zumbe, penetra além das retinas,
E não adianta contar carneirinhos, fechar a janela, a cortina,
O sono não vem, o dia não vem, você não vem, não há saída.
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SOLIDÃO
Nesta arfante dor que sinto,
a saudade é cruciante,
qual um fantasma indistinto
me acompanha, me persegue,
insiste que eu a carregue...
tem toques alucinantes.
Da janela busco estrelas,
que me iluminem as retinas,
que cegas se fecham pra vê-las,
escondidas na neblina.
Sem agora, sem depois,
não sei de mim, de nós dois,
parece me desintegro
nesta angústia que não nego,
sem enxergar o amanhã.
Estrela de Aldebarã,
me protege, sê meu guia
nesta longa noite fria
onde a tristeza é o tema.
Só a insônia é companhia,
para compor meu poema.
(HLuna)