DE TANTO ESPERAR
O sertão mastigando os braços,
Dos córregos ressecados,
A mulher - o sorriso escondido,
A ausência da ternura,
A lágrima sertaneja,
Na esquina do olhar,
O rosto gasto, o cansaço,
De tanto esperar...
Por algo que lhe dê sentido,
A solitária peleja,
O filho com os pés fincados,
No chão sem vida, sem final,
A morte prematura,
Bem provável,
A miséria incomparável,
Os pedaços, as rupturas,
De um Brasil tão desigual,
A tristeza das rimas,
A permanência do tom cinzelado,
E nem um anjo se aproxima,
Para consolar.
O sertão mastigando os braços,
Dos córregos ressecados,
A mulher - o sorriso escondido,
A ausência da ternura,
A lágrima sertaneja,
Na esquina do olhar,
O rosto gasto, o cansaço,
De tanto esperar...
Por algo que lhe dê sentido,
A solitária peleja,
O filho com os pés fincados,
No chão sem vida, sem final,
A morte prematura,
Bem provável,
A miséria incomparável,
Os pedaços, as rupturas,
De um Brasil tão desigual,
A tristeza das rimas,
A permanência do tom cinzelado,
E nem um anjo se aproxima,
Para consolar.