Flores... E primavera.
A claridade assusta-me, mas o escuro tem seus segredos...
O vento gélido sacode minh'alma e leva para longe os meus anceios. A primavera este ano não florecerá e o no jardim de minha vida as flores irão murchar...
O inverno chega, mas parece não congelar meu inferno!
Oh, como eu queria... Queria poder voltar a sonhar...
Mas ao invés... Os pesadelos me assombram e a vida me condena...
E o poeta ainda diz que ''a alma não é pequena'' tolíce, caro amigo!
Almas também se encolhem no escuro que é a desilusão mundânea...
Simples felicidades, porque não vens visitar-me algum dia?
E trazes contigo um amor... O que achas?
Talvez um dia voltes a sentir o aroma de uma flor...
E a vida volte a ter sentido e cor, porém até lá...
As lágrimas maqueiam minha face e as dores aumentam junto da chuva que parece lavar as angústias, mas que afoga meus pensamentos mais estúpidos... Estúpidos? Sim, pois afinal qual é o tolo que pensa em tomar a própria vida na vã tentativa de diminuir sua dor? As dores na alma são as piores... Mas também possuem sua beleza, sua melâncolia, sua mágia... A mágia da paixão, a má-gia que machuca o coração...
Flores no começo de seu nascimento esbanjam uma beleza incomum, mas isto logo se perde com o tempo.
Tempo, tempo de espera... Uma intensa espera.
Uma espera para que a flor volte a florecer na próxima primavera...