Flores... E primavera.

A claridade assusta-me, mas o escuro tem seus segredos...

O vento gélido sacode minh'alma e leva para longe os meus anceios. A primavera este ano não florecerá e o no jardim de minha vida as flores irão murchar...

O inverno chega, mas parece não congelar meu inferno!

Oh, como eu queria... Queria poder voltar a sonhar...

Mas ao invés... Os pesadelos me assombram e a vida me condena...

E o poeta ainda diz que ''a alma não é pequena'' tolíce, caro amigo!

Almas também se encolhem no escuro que é a desilusão mundânea...

Simples felicidades, porque não vens visitar-me algum dia?

E trazes contigo um amor... O que achas?

Talvez um dia voltes a sentir o aroma de uma flor...

E a vida volte a ter sentido e cor, porém até lá...

As lágrimas maqueiam minha face e as dores aumentam junto da chuva que parece lavar as angústias, mas que afoga meus pensamentos mais estúpidos... Estúpidos? Sim, pois afinal qual é o tolo que pensa em tomar a própria vida na vã tentativa de diminuir sua dor? As dores na alma são as piores... Mas também possuem sua beleza, sua melâncolia, sua mágia... A mágia da paixão, a má-gia que machuca o coração...

Flores no começo de seu nascimento esbanjam uma beleza incomum, mas isto logo se perde com o tempo.

Tempo, tempo de espera... Uma intensa espera.

Uma espera para que a flor volte a florecer na próxima primavera...

Camylla
Enviado por Camylla em 29/11/2011
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