Alma enferma.
A rua parecia vazia
Na verdade eram os seus olhos
Ele nada via no momento tudo estava enterrado
Só ele naquela terra fria
Não podia carregar mais peso
Estava cansado, tudo estava tão pequeno
O coração apertado
Os pensamentos bloqueados.
Alguém talvez lhe agredisse
O intimo dos seus sentimentos
Rasgando-lhe as entranhas
Fazendo com que perdesse toda a auto-estima.
Lesões que perfuram a alma
De uma criatura que acreditava no amor
Que jamais sofreria uma desventura:
Agora arde em febre
Em chamas vive num inferno
Pensando que o fim havia chegado.
Alma desfalecida
Visão enferma
Até quando vai deixar esse fogo te queimar
Abra os seus olhos
É hora de acordar.
Cláudio Domingos Borges.