A filha que abandonou o Pai...
Criei minha filha com muito amor
Noites em claro passei, pois você não dormia
Ensinei brincadeiras no silêncio da madrugada
Pois agindo dessa maneira,
Estaria amando incondicionalmente
Enfrentei grandes conseqüências, te dei minha dignidade
O dom do amor,
É nosso legado, te acariciava ate adormeceres
Era a mim que queria, fecho os olhos e vejo tudo novamente
Dei-te o privilégio mais especial de todos.
O homem se torna mal e tirano sem amor
Pois te ensinei a fazer o bem,
A fazer sua parte.
Minhas forças se foram
Meus cabelos se tornaram brancos e ralos
E quando por amor a ti, me separei de tua mãe
Para que não sofresse ao ver teus pais vivendo em desarmonia
Transformou-me em um monstro, o que eu jamais poderia ser.
Há seis longos anos precisei de ti:
Não encontrei...
A filha que criei, secou minhas lágrimas de tanto vazio.
Por onde andas minha filha...
Porque me abandonaste?
Condicionaste-me a dor, a dor que eu sempre evitei dar-te.
Minha carência de ti dilacerou meu coração, não existe cura.
Transformaste em uma rocha, meu pobre coração.
O mesmo que você aquecia há seis longos anos.
Sempre te esperei, acreditando que tudo era passageiro.
Em minha morte te lembrarás de teu pobre pai?
Estou aqui, ainda há tempo.
Criei-te, Te vi nascer
Mais se esqueceste de mim.
By: Elvis R. Jz™