quase tátil
cria do desejo, que de vontade
Quase é material.
Querer que já tentei;
não morre.
Vive tão verossímil
quase tátil.
vive tão visceral,
e dói, pulsátil.
E só por dentro
Sei do impossível
quase provável
Do fato virtualmente consumado
agônico,
Platonicamente tão meu,
tão amado.
Maldito
Que não é meu amado
Que não é mal amado,
Que não foi,
não é,
talvez nunca seja
meu namorado.
Que furta meu sono,
que é quase meu dono,
que mata minha paz.
Porque o vejo
Porque não me vê
Porque não me lê,
Que veria: sou dele,
e está em mim,
mas eu não nele.