quase tátil

cria do desejo, que de vontade

Quase é material.

Querer que já tentei;

não morre.

Vive tão verossímil 

quase tátil.

vive tão visceral,

e dói, pulsátil.

E só por dentro

Sei do impossível

quase provável

Do fato virtualmente consumado

agônico,

Platonicamente tão meu,

tão amado.

Maldito

Que não é meu amado

Que não é mal amado,

Que não foi,

não é,

talvez nunca seja

meu namorado.

Que furta meu sono,

que é quase meu dono,

que mata minha paz.

Porque o vejo

Porque não me vê

Porque não me lê,

Que veria: sou dele,

e está em mim,

mas eu não nele.

Maeve Tasadür
Enviado por Maeve Tasadür em 20/09/2011
Reeditado em 20/09/2011
Código do texto: T3230985
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