TRISTEZA... PERDI UM AMIGO
TRISTEZA... PERDI UM AMIGO
É incrível a incompreensão de nós...
Seres ufanos.
Estamos fadados a aceitar
Os que acatam os nossos conceitos
Se houver discordância, seja ela qual for...
O amigo... Torna-se inimigo.
Visível é a autenticidade sem cós...
Sem danos.
Obscurecemo-nos sem nos clarear...
Invalidamos os nossos defeitos...
Gostamos de nos impor.
De castigo... Viro mendigo.
Gosto das opiniões discordantes
Ensinam-me o quão sou insignificante.
Gosto também dos que me dizem amém
São... Quem me desprezará tão bem.
A intolerância é intolerável?
Eu, ser miserável... Peco pela verdade
E sem vaidade... Firo-me imutável...
... E na inobservância torno-me observável.
Perdi um amigo tão querido, tão amado...
Mas saiba que jamais será esquecido... Odiado.
Talvez não soubesse me fazer entender
E minha alegria triste... Chora sem graça.
Parar os pensamentos, minha língua emudecer
É meu afã, para não me enxergarem como uma ameaça.
Democraticamente vivemos uma intelectual ditadura?
A mesquinhez de não aceitar o desobediente...
... É decadente.
Hipocritamente respeitamos toda criatura
E com estupidez nos tornamos insolentes
Na excelência dos excelentes.
Crenças, filosofias, raças,...
Opção sexual, partidária, indumentária,...
(...)
Pensamento livre!!!
É dever... De todo ser, ter
É identidade sem imoralidade.
Irrompo esse valo que separa-nos
Para ti absorver
E me absolver
No apreço das diferenças que cala-nos.
Queremos querer os que querem os nossos querer.
Amigo é aquele que diz,... O que tu não queres ouvir.
Fui privado de ti...
É inaceitável aceitar-me?
Sou louco por natureza...
Mas,... Um doido que tem a destreza
De não admoestar quem o trata com aspereza.
Perdoe-me amigo... Sou minha tristeza.
CHICO DE ARRUDA.