A QUEM TANTO AMO, POR QUEM TANTO AMO, COM QUEM TANTO AMO

A QUEM TANTO AMO, POR QUEM TANTO AMO, COM QUEM TANTO AMO

Me encontro perdida

Vadiando em meu ego

Rejeitada pela alma

Será que estou insana?

Ou sou profana?

Ocorre realmente

Meu transtorno aparente

Aprofundando

Vez mais profunda

Sem saber de onde oriundo

Torno-me gira mundo.

Vida que a morte lida

Me dita

Sinto-me bem, pois...

Vivo morrendo.

A morte

Não mais me apavora

Aflora na mente

Uma morte doente.

Porque choro tanto?

Não quero acalanto

Deixem-me

Com meu pranto

Choro só

Em silencio

Estou frágil

Quebrei-me em mil cacos

... Oh aflição...

Companheira da solidão.

Saio debaixo do manto

Cantarolando

A quem tanto...

... Tanto amo

Afio meu canto

Vôo noutra dimensão

E grito

E canto

Com o coração

A quem tanto amo.

Já fui tão agredida

Humilhada

Esbagaçada;

Sofri

Suportando-me

Sempre sorrindo

E ri meu riso forte

Ri a tudo chorando.

E nessa fase crítica

Minhas lagrimas

Inundarão o amazonas

Transbordarei

Em soluços sussurrados

E não quero ser ouvida

Mas sentida

Por quem tanto amo.

Paraplégica da vida

Vou cambaleante...

Embriagada.

Ergo-me válida da minha invalidez

Para caminhar

Passo a passo...

... Com quem tanto amo.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 20/08/2011
Código do texto: T3171300
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