A QUEM TANTO AMO, POR QUEM TANTO AMO, COM QUEM TANTO AMO
A QUEM TANTO AMO, POR QUEM TANTO AMO, COM QUEM TANTO AMO
Me encontro perdida
Vadiando em meu ego
Rejeitada pela alma
Será que estou insana?
Ou sou profana?
Ocorre realmente
Meu transtorno aparente
Aprofundando
Vez mais profunda
Sem saber de onde oriundo
Torno-me gira mundo.
Vida que a morte lida
Me dita
Sinto-me bem, pois...
Vivo morrendo.
A morte
Não mais me apavora
Aflora na mente
Uma morte doente.
Porque choro tanto?
Não quero acalanto
Deixem-me
Com meu pranto
Choro só
Em silencio
Estou frágil
Quebrei-me em mil cacos
... Oh aflição...
Companheira da solidão.
Saio debaixo do manto
Cantarolando
A quem tanto...
... Tanto amo
Afio meu canto
Vôo noutra dimensão
E grito
E canto
Com o coração
A quem tanto amo.
Já fui tão agredida
Humilhada
Esbagaçada;
Sofri
Suportando-me
Sempre sorrindo
E ri meu riso forte
Ri a tudo chorando.
E nessa fase crítica
Minhas lagrimas
Inundarão o amazonas
Transbordarei
Em soluços sussurrados
E não quero ser ouvida
Mas sentida
Por quem tanto amo.
Paraplégica da vida
Vou cambaleante...
Embriagada.
Ergo-me válida da minha invalidez
Para caminhar
Passo a passo...
... Com quem tanto amo.
CHICO DE ARRUDA.