calmaria
Hoje denovo o tempo parou.
a paisagem estava sem vida
um ser de bicicleta movia
mas esse era um homem todavia...
Andava eu sobre o mundo estático
impressionado com silêncio empático
tudo parecia brincar de estátua
mas a bicicleta se movia pela rua.
então o vento veio pela viela
com som de choro à folha bela,
movia-se empurrando a copa inteira
e o vento dava vida a paisagem passageira!
Logo penso comigo mesmo
qual será o vento do nosso desejo?
será uma turbulência fatal?
ou um sopro fino, quase banal?
sei apenas que sopra
sopra sempre pro sul
esse sopro que a vida exorta
das cores das flores ao céu azul...