Levo uma vida que não é a minha
Tenho a sensação que a vida que levo não é a minha!
Meus planos de criança, de um castelo amarelo,
Meus planos de adolescência, de um emprego estável...
Uma família, uns três filhos, um marido ao meu lado...
Nada, nada, foi concretizado.
Mas com saúde corro atrás, desafio metas,
Alcanço meus objetivos e luto, uma luta sem fim...
Esperança?
Apenas uma até hoje: reencontrar!
E aconteceu o reencontro,
Mas agora sem esperanças...
E o que me resta?
Sem sonhos, fantasias...
Apenas metas para alcançar,
Sem esperança.
Sinto-me um ser humano ambulante,
Que vive por que tem o sopro da vida...
Nada que planejei eu conquistei,
Fiz tudo errado,
Meti os pés pelas mãos,
Disse palavras que não eram para ser ditas,
Fiz coisas que não eram para serem feitas,
Disse adeus que não era uma despedida...
O que me restou?
Esperanças... acabaram.
Sonhos... enterrei.
Fantasia... desiludi...
Minha vida? Matei....
E assim levo uma vida que não é a minha!
Sem esperança, sonhos e sem fantasia,
Apenas a dura realidade sem alegria...
Apenas uma vida...
Que não é a minha.