Espírito suicida!
Esta frio lá fora e coloco a jaqueta.
Vou-me à jornada de caminhadas atrás do sim.
Por vir, porém, que seja alguém que me olhe de outras maneiras.
Vou eu na correria pelos córregos;
Tento um espaço, nem que seja num cantinho da sala de estar,
Mas alguém que me veja e me dê a oportunidade lá.
Nessa correria, o que encontro nos meus confrontos são apenas não's.
Desanda a criança-quero-crescer.
Dê um leite para o bebê
Que esta em fase de crescimento buscando sustentabilidade para adquirir o tal do respeito.
No seu peito, estão apenas as pancadas de fortes dores. O início de um infarto agudo do miocárdio.
Anda, desanda, cansa, desbanca... É o que sinto verdadeiramente.
No metrô, vejo as cargas do trilho me chamando.
Coloco um pé à frente e vou em frente rumo a pular.
Me pega o espírito de suicida.
Na tentativa de sair dos trilhos, sinto algo me puxar.
Olho para trás e vejo anjos me puxando.
Um pega na minha manga,
Outros pegam em minha camiseta.
Além disso, ouço vozes me chamando:
Eram as crianças. Elas estavam me aclamando
E diziam:
"Brilha mais e mais,
Não te entregues ao réu,
Não é tempo de viver no céu,
Pois Deus te ama e em ti concentra,
Não percas a esperança,
Não percas a cabeça.
Não vás, jovem.
Não vás, jovem,
Pois Deus te ama.