E.T. : Querido Rato.

Demorei muito tempo para vir escrever

Observei tanto o começo de tudo

A proposição medida que Deus nos permite

E me limitei a aceitar sem fulminação

A morte de meu cachorro pequeno

Justo aquele pequenino com sua alegria esfuziante

Que não se opunha, que não pecava, que não respondia.

Ele era em si pura sensação e emoção

Juntava todas as coisas e unidas davam naquele bicho

Que de tão feio e rato, era lindo.

Até que quase sem perceber as lágrimas me caíram

Assim tímidas, sem que eu mesma previsse.

Eu amava aquele animal com força humana

Pelo simples fato de ser uma criatura advinda dos céus

Ele que me permitia gostar sem pesar

No final estava tão exausta da vida

Que a morte de meu cão foi a gota d'água

Chorei feito criança, abraçando o travesseiro;

Na espera que pudesse dormir e acordar limpa

Com o coração batendo mais fraco

O clima de tensão era tão supremo

Pois seria eu a que teria que avisar

A morte do cachorro amado pela casa inteira

Até que Mãe chega em casa, na espera de felicidade;

E encontra um ar displicente que denunciava.

Ó Deus, o proteja, ele não teve culpa de nada.

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 30/11/2006
Código do texto: T305317