Esquecimento

Mais uma vez o sol se põe,

Mas esse parece ser o último dia.

Acordando mil pragas.

A luz dói nos olhos.

Aprisionam a fé num amor que está renascendo.

Nós fomos esquecidos.

Nossas mentes estão trancadas com medo.

Mas nosso tempo é agora.

E, lentamente, vem a noite.

Inala um sol moribundo.

De sombras aparecerão os anjos de asas sangrentas.

Uma visão de corpos medonhos.

Rastejando para fora para respirar o ar que os deuses nos deram.

Nos campos onde a luz permanece,

Longe de todo o senso comum,

As mãos cortadas de uma criança me fazem pensar em você.

Na dor que sentes ao me ver, ao me sentir, ao me perder.

E minha volta a machucará, ainda mais.

Estamos com as almas esquecidas

Com nossas mentes trancadas com o medo.

Então reze para a salvação porque o fim está próximo.

Fim da vida, dos nossos sonhos.

E, lentamente, vem a noite,

Ocultando um sol já morto.

Consumido pelo pecado do seu próprio ser.

Otávio Rocha
Enviado por Otávio Rocha em 23/06/2011
Código do texto: T3052866
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