Nunca Mais

Nunca mais sentirei o arrepio emocionante

de quando olhei para o seu semblante.

No primeiro contato certeiro do acaso

À linda imaginação d'um inquebrável vaso.

Nunca mais ouvirei a sua doce voz marcante

sussurrando delicadas paixões ressonantes

que assaltavam minh'alma com devoção

e salvava do limbo um congelado coração.

Nunca mais tocarei em seu corpo acalentador

sentirei seu inebriante beijo que afugenta a dor.

O doce aroma do seu perfume encantador

ficará apenas na saudade d'uma memória incolor.

Agora na sua ausência não tenho quem me consola

Nunca mais sentirei mais nada, pois não importa.

Calar-me-ei para a eternidade que me reconforta.