CAMINHANDO...
Longínquos dobres,
O vento me vem trazer,
Parecem aqueles sinos,
Que ecoavam no eu menino,
Quando brincava no entardecer,
Que tempo diviino!
Eu; apesar de tão pobre,
Sem ter às vezes o que comer,
Fazia minhas travessuras,
Mantinha o olhar de ternura,
Conversava com a paineira,
Com a ave cantadeira,
Voava nas suas penas,
Nas horas serenas,
Sobre as flores dos cafezais,
Criava mil fantasias,
Sonhava alto demais,
Não sentia as dores dos versos,
Que eu sinto nessa hora,
Eu por dentro, eu por fora,
Olhos Perdidos na densidade,
De um tempo concreto,
Sem aquele sorriso aberto,
Que ornava o meu outrora,
Eu; menino recolhido,
Em algum canto do ser,
Com lampejos de amanhecer,
Mas, logo é anoitecido,
Pelo homem-tempo corrente,
Embrutecido pela atmosfera,
Eu; controverso, disperso,
Caminhando... lentamente,
Infelizmente descrido,
Da primavera.
Longínquos dobres,
O vento me vem trazer,
Parecem aqueles sinos,
Que ecoavam no eu menino,
Quando brincava no entardecer,
Que tempo diviino!
Eu; apesar de tão pobre,
Sem ter às vezes o que comer,
Fazia minhas travessuras,
Mantinha o olhar de ternura,
Conversava com a paineira,
Com a ave cantadeira,
Voava nas suas penas,
Nas horas serenas,
Sobre as flores dos cafezais,
Criava mil fantasias,
Sonhava alto demais,
Não sentia as dores dos versos,
Que eu sinto nessa hora,
Eu por dentro, eu por fora,
Olhos Perdidos na densidade,
De um tempo concreto,
Sem aquele sorriso aberto,
Que ornava o meu outrora,
Eu; menino recolhido,
Em algum canto do ser,
Com lampejos de amanhecer,
Mas, logo é anoitecido,
Pelo homem-tempo corrente,
Embrutecido pela atmosfera,
Eu; controverso, disperso,
Caminhando... lentamente,
Infelizmente descrido,
Da primavera.