Velório

Abraço terno, despedida eterna.

Paletó preto, teto neutro,

Em torno dele, lagrima, pranto!

Carvalho, esculpido fúnebre,

Gravata vermelha destoando,

Rimando com algumas rosas,

Que destoavam das outras flores,

Não se sabe, deixadas por quem!

Alguns se aproximando, mudos,

Em ternos pretos como o dele,

Em termos de seus sentimentos

Em torno de alguns contidos

Semblante pálido, congelado.

Coroado com flores brancas,

As lembranças tão vivas,

Daquele corpo sem vida,

Daquela partida sem despedida...

Allan Ribeiro Fraga

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 09/06/2011
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