Sepulcro Aberto I




Ao som da flauta d'ébano de Hades - o deus mor,
Tilintavam melodias que cantavam o silêncio,
Em dissabores e mágoas do passado...
De muitas vidas...de muitas vidas!

Porém, tu não ouviste os meus clamores,
Não lestes os meus poemas,
Lançando-os em mares e tormentas,
De inconstância e indiferenças!

Ao som da harpa dos deuses do Olimpo,
Dei-te o maior presente de mim,
Uma jóia rara do mais puro diamante,
Que ornara...outrora, o colo de semideusas,
Ninfa, mulheres, damas e princesas!

Mas, tu também não se importaste!
Jogou-a ao chão, sem reservas ou remorso!

Então, desvelado e triste parti,
Rumo à sepultura que me fizeram,
Do mais puro mármore carrarra,
Sepulcro fechado - ora aberto...
Que simplesmente - me esperava!



Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 05/06/2011
Reeditado em 08/07/2011
Código do texto: T3015707
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