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Sinto, eu sei, que passou
Aquele beijo que corou
A face da menina sapeca...
Sinto que não desperta
Mais o mesmo prazer
Ou a vontade de correr
E sufocar-te em abraços...
Sinto, eu sei, que não sinto
Mais o mesmo sentimento
Que tomava o pensamento
Em arroubos de demência...
Sinto que a inocência,
Sempre tão descabida
Agora é pura e despida
De qualquer inocência...
Sinto, meu anjo, um asco
Vindo sem embaraço
Dizendo que não sei de mim...
(nem de nós dois...)
Sinto que tudo se foi
No turbilhão da era vivida...
Sinto que há despedida
Com gosto de até 'nunca mais'...
E me vejo circunda
Da imunda mania
De tecer poesia precária...
Porque passou a passagem
Feito a viagem que nunca eu fiz...
Esqueci do gosto, do verbo, do verso...
Fiz questão de encostar o CD...
Não quero viver
Nem quero o perfume do mundo...
Não quero o profundo
Desgosto de reconhecer
Que, apesar de passado,
Queria você ao meu lado...
Teimosa, grito e repito:
P a s s o u!
E não há retorno
Quando o verbo ganha vida
Quando a garganta alarida
A dor de abandonar um sonho...
E o lençol, agora encharcado,
Das lágrimas do peito apertado
Amarra a minha respiração...
E, ainda que não aceite,
Que este amor é inacabado
Não vivido, complicado...
Ainda que eu diga que tudo passou
É passado...
Sei, no fundo, meu bem, eu sei
O quanto dizer isso é caro...
E me deparo com meu próprio monstro
Versejando entre medo e coragem
Sobre a triste passagem
Do que nunca-JAMAIS-passou....
Sinto, eu sei, que passou
Aquele beijo que corou
A face da menina sapeca...
Sinto que não desperta
Mais o mesmo prazer
Ou a vontade de correr
E sufocar-te em abraços...
Sinto, eu sei, que não sinto
Mais o mesmo sentimento
Que tomava o pensamento
Em arroubos de demência...
Sinto que a inocência,
Sempre tão descabida
Agora é pura e despida
De qualquer inocência...
Sinto, meu anjo, um asco
Vindo sem embaraço
Dizendo que não sei de mim...
(nem de nós dois...)
Sinto que tudo se foi
No turbilhão da era vivida...
Sinto que há despedida
Com gosto de até 'nunca mais'...
E me vejo circunda
Da imunda mania
De tecer poesia precária...
Porque passou a passagem
Feito a viagem que nunca eu fiz...
Esqueci do gosto, do verbo, do verso...
Fiz questão de encostar o CD...
Não quero viver
Nem quero o perfume do mundo...
Não quero o profundo
Desgosto de reconhecer
Que, apesar de passado,
Queria você ao meu lado...
Teimosa, grito e repito:
P a s s o u!
E não há retorno
Quando o verbo ganha vida
Quando a garganta alarida
A dor de abandonar um sonho...
E o lençol, agora encharcado,
Das lágrimas do peito apertado
Amarra a minha respiração...
E, ainda que não aceite,
Que este amor é inacabado
Não vivido, complicado...
Ainda que eu diga que tudo passou
É passado...
Sei, no fundo, meu bem, eu sei
O quanto dizer isso é caro...
E me deparo com meu próprio monstro
Versejando entre medo e coragem
Sobre a triste passagem
Do que nunca-JAMAIS-passou....