Oh tristeza maldita!

Oh tristeza maldita

Porque vieste sobre mim?

Que prazer obscuro tu sentes

Em ver minha alma ferir?

Uma duvida assola meus dias

Por que não me deixas viver?

Bates no meu peito toda hora

Lembrando-me o que quero esquecer.

Queira poder correr para longe

Onde não pudesse me enxergar

Atiro-me noutros sentimentos

Mas nenhum consegue fazer-te me abandonar

Oh tristeza maldita

Porque vieste sobre mim?

Num gélido manto me envolves

Não vejo saída de ti.

Desejo arduamente libertar-me

De tuas garras de enganação

Mas como um predador observa-me

Hesito na escuridão.

Meus passos são fracos e perdidos

Minhas mãos já não alcançam

Tristonha vejo que não é mito

Tu faz seu ninho na tardança.

Oh tristeza maldita

Porque vieste sobre mim?

Meus sonhos somem como fumaça

E não consigo segurar

As lágrimas me deixam mais fraca

Está tão difícil respirar!

De um lado a outro, não há saída

Já não vejo mais prazer em minha vida

Minha aura está cada vez mais negra

Envolta nas ilusões de sua teia.

Oh tristeza maldita

Porque vieste sobre mim?

Pode ser um pensamento egoísta

Mas há tantas pessoas no mundo,

Por que assolar-me assim?

Afasto-me de todos que amam

Mas será que ainda amam alguém?

Estou tão perdida em mim mesma

Que passeio entre a loucura e sanidade

Sem saber se meu delírio é sonho ou realidade.

Espero que seja um pesadelo, que em breve irei despertar

E de minha janela aberta verei que na vida há liberdade

Levantarei-me sem pestanejar!

Oh tristeza maldita

Sei que um dia lhe expulsarei de mim

Viverei meus dias incertos

E tu jamais me assombrarás assim

Meu céu voltará a ser azul, por certo.

Minhas noites terão luar

Meu sono será tranqüilo

Enquanto espero o amor voltar.

Queila Dias
Enviado por Queila Dias em 11/05/2011
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2962913
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