Ah! Que tristeza

Ah! Essa tristeza que fere minha alma

Com tanto prazer e furor

E essa lágrima teimosa

Que do meu rosto insiste rolar

Sinto-me em águas profundas

Onde ninguém pode me salvar

Eu grito entre a multidão

Mas é muda minha angustia

É inútil meu esforçar.

Torno-me quase transparente

Enquanto caminho pelas ruas

Dentro de mim uma dor aguda

Que despedaça minha esperança aparente

Ainda se chorasse um rio de lágrimas

Não seria suficiente

A mágoa em que mim habita

É alimentada a cada dia por minha alma doente

Ah! Como sonho com um milagre!

Agarro-me a esse desejo insano

Sem saber ao certo se é invenção ou realidade

Apenas anseio com a pobre força que ainda há em mim

Nesse vai e vem sem fim

Assim é minha vida

Arrastada pelas horas que devagar movem o dia

Abrigo-me por trás das palavras que escrevo

Pondo nelas todo meu amor e meu desespero

Corro entre dois mundos paralelos

O que aprisionada estou e o que quero.

Queila Dias
Enviado por Queila Dias em 10/05/2011
Código do texto: T2960571
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